28 de janeiro de 2004

O alegre ministério da justiça e do riso

A nova ministra da justiça e do risoO povo português tem a fama, e claramente o proveito, de ser um povo triste e macambúzio. De forma que se justificava e, mais do que isso, se aplaude com entusiasmo a decisão de agora ter mudado a denominação daquilo que tem sido conhecido apenas por ministério da justiça. Uma coisa intangível, que ninguém vê, que amiúde se diz que é cega, que não funciona e que vem sendo superiormente dirigida pela Dra Celeste Cardona. Portanto, mudou-se-lhe o nome! Congratulamo-nos como cidadãos e como eleitores. Felicitamos o primeiro ministro e todos os ministros de estado. Desejamos à nova ministra as maiores venturas no exercício das suas altas funções. Recomendamos ao bastonário dos advogados que se mantenha atento, para aprender porque a Dra Celeste não será ministra toda a vida.

Teve o Dr Barroso a fortuna de ter à mão, disponível, a Dra Celeste para o exercício do cargo. Ela, que para além das funções de estado, mantém viva a sua veia de humorista burlesca, admiradora da "stand up comedy" que eu não sei bem o que é mas que me faz rir muito. A propósito de uma questão relacionada com descontos para a segurança social que o seu ministério não pagou, emitiu ontem um comunicado que é uma autêntica sinfonia do riso em oito pontos e um epílogo a que faltam, infelizmente, as ilustrações do Sr José Vilhena. O país está em boas mãos, está bem entregue, podem fazer ressuscitar o Dr Salazar. Não é preciso que faça de novo o mesmo trajecto de antanho, ele ressuscitará como morreu: convencido de que continua a ser o primeiro ministro. E deixem que o seja por um dia, que tal tempo basta.

A Dra Celeste que não conhece tradição nenhuma, muito menos a inglesa, saberá então da sua demissão à boa maneira dele. Na manhã seguinte, pelas páginas do Correio da Manhã. Amén!

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial