29 de fevereiro de 2004

Porque não dão um calendário de bolso aos líderes partidários?

Os líderes dos principais partidos políticos, como é normal, não sabem a quantas andam. Mas, com a aproximação das eleições para o parlamento europeu, ainda se enervam mais, confundem datas, metem os pés pelas mãos e não sabem o que dizem.

O Dr Santana Lopes pede aos portugueses que mostrem um cartão vermelho à oposição. O Dr Carvalhas quer que seja mostrado um cartão vermelho ao governo. O Bloco de Esquerda, o Partido Comunista e a Nova Democracia reúnem-se num trio, tipo Cabeças no Ar, compram uma viola, um baixo e uma bateria e tocam em conjunto no funeral do bloco central. Apenas o Dr Manuel Monteiro é polivalente e assegura que tocará, com o mesmo virtuosismo, qualquer um dos três instrumentos. O Dr Ferro Rodrigues fala num ajuste de contas. Com o passado, com o presente e com o futuro. Por outras palavras, anuncia o seu harakiri público.

É óbvio que estes castiços estão equivocados com o início do Euro 2004, um dia antes. Ainda os fiéis não chegaram para a celebração, nem a procissão saiu das naves das igrejas, e já reclamam cartões de expulsão para os adversários. As eleições europeias são a 13 de Junho, dia de Santo António, feriado municipal de Lisboa. Não se enganem e não procurem continuar a enganar-nos a nós. Passem pela Brasileira, ao Chiado. Não precisam de entrar. Na esplanada o solene Fernando Pessoa terá a gentileza de vos dar um calendário de bolso. E de zombar da vossa ignorância e do vosso convencimento!

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