22 de fevereiro de 2004

Santana Lopes diz que sabe o caminho


Este facto, de início, quase nos deu alguma preocupação. Se ele sabe o caminho está divinamente inspirado, provavelmente pelas idas às missas de domingo, pelas conversas com o padre Feytor Pinto, pelos cartões de boas festas recebidos da nunciatura.

Mas depois, felizmente, acrescentou que dentro dele há uma matriz, um "chip" programado a repetir, inutilmente desde há vinte anos: "um governo, uma maioria, um presidente". Tranquilizámo-nos! O homem não passa afinal do robot que sempre se pensou que era, resultado da electrónica, programado de alto a baixo, mas a agir sempre da mesma repetitiva forma. Como as máquinas multibanco a repetirem metalicamente, quando a gente se distrai: "retire o seu cartão, retire o seu dinheiro".

O "chip", espera-se, vai ser comido com a mesma voracidade com que o são os seus semelhantes. Quando der por ela está desactualizado e o Miguel de Sousa Tavares pode andar de cara descoberta. Ao menos por isso valha-nos a santa electrónica.

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