25 de junho de 2004

É bom verificar que há bom senso em algum lado

O Euro, o Euro, o Euro! A alienação, o despudor, a manipulação. O Jorge Perestrelo a poupar-me ao insulto porque me não conhece. E porque não tenho o estatuto do Prado Coelho, que ele não conhece também. E a gritar Portugal, Portugal, Portugal! Como se estivéssemos a acabar com os malditos mouros em Álcacer-Kibir, um a um. Degolando-os e trincando-lhes as vísceras. A frio e em directo na TV. O desmedido, o inconcebível. O Arnault a resultar como ministro sensato, a pronunciar palavras equilibradas, salvo algumas: o fluxo turístico no Algarve reduziu-se porque os malditos se tresmalharam pelo país acima, à descoberta do verde tinto e da posta à mirandesa.

Pergunto-me se é a distância que suaviza as emoções, o raciocínio e as palavras. Mas creio que não porque ele confessa não ter coração para penaltis. Obrigado Francisco, passe a audácia de fazer crer que frenquentámos a mesma escola, na Rua das Fontaínhas. É bom verificar que há bom senso em algum lado. Que conscientemente alguém o apadrinha. Com a fria tranquilidade com que o Postiga adorna os penaltis dele.

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