9 de junho de 2004

Campanha eleitoral trágica

Agora não importa lamentar coisa nenhuma. Agora não importa apresentar as mais sentidas condolências a ninguém. Agora não importa chorar incontidas lágrimas de crocodilo a pretexto seja do que for. Não importa tão pouco tentar dizer que domingo se realiza um acto eleitoral e minimamente dizer para que serve.

Agora, como de há muito o país necessita, - sem que se descubra a maneira para que o possa exigir! - importaria que se conseguissem arrolar meia dúzia de pessoas sensatas. Que tivessem algum tento na língua e alguma contenção na ganância. Que tivessem algumas ideias e que se dispusessem, com honestidade, a servir o país e os cidadãos que o compõem. Tarefa urgente, tarefa ingente. Tarefa impossível.

Calou-se o berreiro da campanha ainda com três dias de prazo de validade pela frente. Calou-se por causa da morte do professor Sousa Franco. Não se calou, respeitosamente curvado, perante a memória de um homem. Cujas qualidades agora todos se apressam a reconhecer publicamente. Depois de morto.

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