30 de junho de 2004

Políticos? Atem-nos e pendurem-nos no fumeiro!

Considerando que o país aboliu oportunamente a pena de morte. Considerando que as leis em vigor não contemplam a pena de prisão perpétua. Considerando que nenhuma lei nacional prevê a aplicação da pena de trabalhos forçados. Considerando que a independência das colónias extinguiu, por falta de destino, a pena de degredo. Considerando ainda que o país apenas conserva em regime de prisão os suspeitos ainda sem julgamento e sem pena com trânsito em julgado. Considerando que os presos que cumprem pena são poucos e são postos em liberdade uma vez cumprida metade daquela. Considerando que alguns deles aproveitam as saídas de fim de semana, a que chamam precárias, para não regressar. Considerando ainda que outros, sem acesso a nenhuma das soluções anteriores, se chateiam e pura e simplesmente decidem escapulir-se.

Considerando, por outro lado, que mesmo antes de se demitir Durão Barroso se esqueceu de que era primeiro-ministro. Considerando mesmo que se chega a duvidar de que alguma vez tenha tido consciência de que o era. Considerando ainda que o mesmo estranha que pessoas que aplaudiam a eventual nomeação de António Vitorino para presidente da Comissão Europeia agora lhe critiquem o facto de ter sido ele a aceitar o cargo.

Conclui-se que, como já era há muito largamente suposto, Durão Barroso se considera comissãrio europeu e não primeiro-ministro. Conclui-se pela depravada insensatez de ter feito promessas que nunca pensou cumprir e de ter assumido compromissos que nunca pensou satisfazer. Não havendo pena substantiva que se lhe possa aplicar, melhor será que se faça dele enchido e se pendure no fumeiro. Terá comprador na próxima feira do fumeiro de Barroso!

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