12 de agosto de 2004

A cultura e a língua portuguesas

Na edição de ontem o jornal cujo formato facilita a leitura inseria numa secção nova, especialmente destinada ao período de veraneio da classe política e dos previlegiados que beneficiam do rendimento mínimo garantido rendimento mínimo de inserção rendimento mínimo de deserção (????), sem tirar nem pôr, o que de seguida se transcreve:

Um leitor fez chegar ao Pessoas respostas dadas em testes/fichas de trabalho de Língua Portuguesa. Parece mentira mas é verdade! Além das ideias fenomenais, a ortografia também é muito original! Aqui fica.

OS LUSÍADAS
Os Lusíadas foram escritos pelo cantor Luís de Camões que os dividiu em 10 cantos e que assim deu trabalho a 10 cantores, tendo contribuído para a dimunuição do desemprego em Portugal. É por isso que o Camões é tão importante no nosso país e tem um dia só para ele.

GIL VICENTE
En não tenho duvidas que o Gil Vicente é muito importante, a pesar de nunca ter ganhado o campionato de futebol. É importante porque às vezes ganha ao Benfica, otras ao Sporting e otras ao Porto tirando a eles o primeiro logar. E também por isso é que a sua obra é dramática porque é um drama para os benfiquistas, os sportinguistas e os portistas quando ganha.

Bem, a blogosfera vem ultimamente dedicando algum espaço à língua portuguesa e, especificamente, às questões da ortografia. Principais protagonistas o Francisco José Viegas e o Pedro Ornelas, tendo o assunto já recebido contributos do outros viajantes, como o Mário Filipe Pires, o José Flávio Teixeira, o Rui Oliveira e o João Miranda. Por mim, humilde e consciente da minha desimportância, mantenho-me tranquilamente por detrás da cortina, atento e tentando colher alguns ensinamentos que este mundo virtual vai fazendo passar à minha frente sob a forma de bits e bytes, megabits e megabytes. Apesar de alguns cuidados, vou dando serenamente os meus erros de ortografia e atropelando em contra-mão algumas regras de sintaxe. Não posso é deixar em claro o apontamento, meio jocoso, que acima transcrevo. Em primeiro lugar pela ambiguidade na alusão a um leitor que não é identificado e a testes/fichas de trabalho que também objectivamente o não são. Depois a afirmação meio idiota de que parece mentira mas não é e que, no mínimo, é de mau gosto. Tanto mais que a ambiguidade com que os textos são cobertos leva exactamente a crer que, pelo anonimato, não são nem credíveis nem autênticos. É claro, é apenas uma opinião pessoal!

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