16 de novembro de 2004

Porto sentido

Os jornais noticiaram hoje que a discussão pública do PDM do Porto foi adiada. Não surpreende que, à semelhança do país, também o Porto vá sendo sucessivamente adiado. Lamentavelmente vai sendo também adiada a reforma de políticos que gerem a cidade e que deveriam de há muito ter-se dedicado à pesca ao longo da margem direita do rio Douro. Naturalmente sem nenhuma pensão calculada segundo os critérios da Caixa Geral de Depósitos para alguns dos seus felizes administradores.

Agora, e também à semelhança do que vem sendo habitual no que respeita à cidade, a razão invocada.só serve a chacota colectiva. De facto a discussão foi adiada por não ter sido entretanto aprovada a acta da sessão da Assembleia Municipal que aprovou as alterações. Porquê? Porque os responsáveis da mesa se esqueceram. O vereador Paulo Morais, moderadamente, lembra que a cidade não pode estar dependente deste tipo de atrasos. A cidade não pode é estar dependente deste tipo de irresponsáveis que o incauto cidadão elege de quatro em quatro anos. Não se pode aceitar como justificação a ambiguidade da responsabilidade política, conceito vazio de sentido e de conteúdo.

Os autarcas propõem-se governar a cidade e são eleitos pelos munícipes. São eles que se guerreiam para ser candidatos, não é o eleitor que os leva às cavalitas, à força e amarrados de pés e mãos. Fazem-no por sua própria vontade e são pagos por isso. Devem também ser responsabilizados por isso. Em termos disciplinares, em termos políticos e em termos cíveis. Alegar o esquecimento, seja no que for, mais do que incúria é insulto grosseiro a quem, confiadamente, depositou o seu voto nas urnas.

1 Comentários:

Às 10:45 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Desta feita podem ter desculpa, andariam atarefados com o
congresso do PSL. Mas para a próxima já não têm memória.

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