9 de fevereiro de 2005

A crise

Vocês, fazem favor, mantenham-se atentos ao que é acessório. Dispersem a atenção por porcarias supérfluas. Achem giro o passeio do Santana à volta da piscina que nós pagámos, acompanhado por metade da filharada. Atentem nas propostas concretas que vos faz o Sócrates quando critica o facto durante dez minutos e conclui a dizer que, por caricato, ele não merece comentários. Fixem-se no Portas, com residência no Forte de S. Julião, e na pose da gajo respeitável que tem assumido, como se fosse incapaz de sacar a carteira a uma varina da Nazaré enquanto a lambuza de beijos. Os dois primeiros, isolados ou com a companhia deste que hoje saiu à rua para a campanha, embuçado e em segredo, vão seguramente apoderar-se do poder nas eleições do próximo dia 20.

Façam ao menos um curto intervalo e leiam esta Grande Tanga do Joaquim Fidalgo. Olhem para alguns números que ele menciona e que eu vos preparei em forma de quadro, para mais fácil leitura e para melhor entendimento. Recordem-se que somos os da cauda da Europa em tudo, mas que temos meio milhão de desempregados, o que deve corresponder à população da cidade do Porto. E penitenciem-se pela culpa indesculpável que vos cabe na crise que varre a banca e que estagna a venda dos automóveisa de luxo. Proponham que vos tornem o emprego mais precário, que vos comprometam ainda mais o futuro dos filhos, que vos congelem os ordenados à moda da Ferreira Leite e que vos aumentem os impostos a pretexto do patriotismo solidário e do enriquecimento sem causa. Mas fazem o favor de não se queixar!



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