15 de fevereiro de 2005

Zita Seabra & VM

De Zita Seabra pensava eu saber alguma coisa. Afinal muito pouca coisa. Tanto assim que, das duas uma. Ou foi tão precoce que nascida em 1949 logo foi nomeada presidente do Instituto Português da Arte Cinematográfica e Audiovisual em 1944, precisamente cinco anos antes de ter nascido. Ou, inversamente, não teve nenhuma actividade até 1988, ano em que publica um livro. Durante os primeiros 40 anos, supõe-se, andou a estudar. Certamente licenciando-se na praia de Mira, concluindo o mestrado na praia da Figueira, doutorando-se na revolta praia do Guincho. Não a sabia também tão fervorosamente crente e temente a Deus, talvez por nunca a ter visto de véu, carregando a Bíblia numa mão e o terço na outra. Vejo-a convertida, com um ar compungido, nas cerimónias fúnebres da irmã Lúcia. Tem a sua vida terrena orientada e a alma, felizmente, salva. Só não percebo que pudor ou que falta de vergonha leva esta gente a esconder-se do seu passado. Será indigno revelar, no seu currículo de cabeça de lista pelo PSD ao círculo de Coimbra, que foi militante comunista, deputada comunista, viveu com um comunista e teve filhos que lhe fez um comunista? Quem não assume o que foi não assume o que é e é improvável que assuma aquilo que será. Mas pronto, são técnicas de marketing político, procedimentos de vendedor de automóveis em segunda mão!

Dificilmente foram barras em matemática aqueles que optaram pelos cursos de direito. Não admira, por isso, este esquisito sistema de duas equações a quatro incógnitas, da lavra do distinto professor de direito e compulsivo blogueiro Vital Moreira. Os manuais do professor J. Sebastião e Silva eram, apesar de tudo, mais claros e comprensíveis.

1 Comentários:

Às 6:59 da tarde , Blogger Sheila Leirner disse...

Muito bom o seu blog, Luís. Obrigada pela força! Abraço

 

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