9 de julho de 2008

Exportações

Segundo os economistas, mesmo antes de chegarem a ministros das finanças ou a comentadores da TSF, uma forma de reduzir o défice é aumentar as exportações. Este país não exporta produtos agro-pecuários porque os não produz e porque Espanha produz que chegue para eles e para nós e a custo mais baixo. Coisa que se não entende porque eles têm salários mais elevados, regalias sociais mais vantajosas e combustíveis mais baratos. Certamente porque o petróleo explorado nos poços da Catalunha sai mais económico do que o que exploramos no Beato e no Largo do Rato.

Depois as fábricas de conservas, a bem da especulação imobiliária, viraram condomínios fechados e as sardinhas passaram a ser enlatadas em Marrocos. O vinho, como manda a tradição e o elevado nível de alcolismo, consome-se por cá e a preço exorbitante. Além disso todo o mundo, despudoradamente, passou a produzi-lo. Do Chile à África do Sul, como se lhes assistisse esse direito. O fado perdeu a sua fada-madrinha e as comunidades de emigrantes passaram a preferir outra música.

Nos serviços, exceptuando a absorção de uma qualquer chafarica pelo universo do senhor Bill Gates, o país não exporta um centésimo dos futebolistas que exporta o Brasil. E a banca diz-se internacional quando, tendo um balcão em Campo Maior, abre outro em Badajoz. Sevilha já fica quase tão longe como os Cárpatos e não há TGV que lá leve os corta-fitas para as inaugurações.

Restava usar a imaginação, que o governo não se cansa de encorajar e de promover com subsídios a fundo perdido e perdão informal de penas de prisão. O país está a especializar-se na exportação de facínoras e criminosos. Nada do tipo do Zé do Telhado que, segundo se diz, utilizava métodos pouco científicos de roubar aos ricos para dar aos pobres. Mas de sucesso, habilitados com títulos académicos, accionistas de empresas com elevado volume de negócios, habitando com luxo em mansões valendo milhões de euros e conduzindo automóveis topo de gama. Como o Dr. Vale e Azevedo e outros 300 de cuja segurança a Interpol vai cuidando carinhosamente. Não tarda, virá o ministro das finanças anunciar novo sucesso do seu gabinete e apregoar mais uma redução do défice. Apesar do aumento externo das ramas de petróleo...

1 Comentários:

Às 10:44 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

- Espregueira Mendes, ex-administrador da SAD do FC Porto e antigo gerente da agência das Antas do Banco Mello, foi hoje condenado, no Tribunal de São João Novo, Porto, a seis anos de prisão efectiva pelo crime de burla agravada.

aqui :http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/c7b1c2303b43a519257e37.html

este artista não vai preso porquê !! sera que no por7o os artistas são todos da familia, tipo rui moreira ,pinto costa, oliveirinhas,e etc etc é so investigar ...

 

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