28 de março de 2013

Casos de polícia


Não vi nem ouvi José Sócrates, licenciado em engenharia a um domingo e recentemente diplomado em filosofia na Place Pigalle. Como não vejo nem ouço Coelho, Portas, Relvas, Gaspar, Álvaro, Silva e outros. Como não vejo nem ouço os diálogos eruditos e escabrosos da casa dos segredos. Prefiro e opto sempre por fitas muito mais “softcore” como o clássico Garganta Funda, por exemplo. De forma que, felizmente, me não posso pronunciar sobre o que não vi e não ouvi. E que nem quero ver nem ouvir.



Apenas retenho, de relance, uma imagem do senhor Silva, equipado a rigor, arrumando sardinhas numa lata de conserva. Num biscate que algum providencial amigo lhe terá arranjado para complementar a pensão de reforma e ajudar às despesas, quando acabar o contrato a prazo nos pasteis de Belém e deixar de se pronunciar sobre a filosofia de Kant, com a autoridade de um doutorado por York, à porta das fábricas de conservas de peixe.

Depois, se virem bem, em qualquer país civilizado, incluindo a República Centro Africana, tudo isto seriam simples casos de polícia... Quanto a Sócrates, só há o saudoso que vai na imagem, um verdadeiro doutor... porque o outro já é antigo demais.

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