25 de março de 2013

Tratado de Roma – Assinado há 56 anos


O chamado Tratado de Roma, que instituiu a Comunidade Económica Europeia (CEE) e a Comunidade Europeia da Energia Atómica (Euratom) foi assinado em Roma faz hoje 56 anos e subscrito por Alemanha Federal, França, Itália, Holanda, Bélgica e Luxemburgo. Mantenha-se todavia presente que um tratado anterior tinha já sido assinado em Paris, em 1951, instituindo a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA). O propósito de todos eles era a união política e, tendo ainda fresco o fracasso rotundo da Sociedade das Nações, optou se por três, de tal forma que se um deles falisse ainda ficavam mais dois. Como no totobola, para acertar no resultado, jogou-se uma tripla.

Os três tratados têm dois inspiradores, Robert Schuman e Jean Monet, cujas boas intenções creio serão de aceitar, depois de uma guerra recente, que deixou milhões de vítimas, uma destruição global e a miséria generalizada. Após Roma tem sido a evolução que se conhece, ainda ontem claramente exposta na questão cipriota – pequena ilha a contas já com os problemas com a Turquia – com o roubo ou confisco puro e simples de parte significativa dos depósitos bancários a que os linguistas de gabinete acharam por bem chamar “taxa”.

Depois quase ao virar do século XX a Alemanha que tinha tentado dominar a Europa por duas vezes, utilizando a força, sem obter sucesso, consegue-o com a reunificação, o desmembramento do bloco socialista e a força do dinheiro a que nenhum político que se preze resiste, obviamente por elevadas razões patrióticas. E a União Europeia hoje é uma manta de 27 retalhos, tecida ao gosto da dona do tear que impõe as regras, empresta o dinheiro e fixa as taxas de juro que entende.

Não vi que à data do aniversário tivesse sido dada relevância especial, sendo certo que nenhuma felicidade etérea ou eterna – do felizes para sempre! -  há para celebrar. Cada caso é um novo passo em frente, até à implosão. Do euro primeiro, da própria União depois. Só se não sabe nem quando nem como. E, muito pior do que isso, ninguém arriscará adivinhar as consequências... Mas, por mais europeístas que haja, a Europa nunca existiu!

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