26 de junho de 2013

O marketing surrealista

O título podia encabeçar um manifesto de António Maria Lisboa, um poema de Mário Cesariny, um conto de Luiz Pacheco. Mas não é nada disso, embora possa parecê lo. Não é sequer criação de nenhum politólogo ou axioma da exata ciência política, nem tão pouco obra de nenhum marqueteiro.

É apenas, neste caso concreto, o procedimento de um genuíno e transmontano “call center” da PT numa ação junto dos ainda possuidores de telefone fixo. Contra o que é hábito a chamada é feita com o número que liga a ser exibido no telefone de destino.



Depois a pergunta absurda e surrealista pela qual, logicamente, o operador do muito transmontano “call center”, não tem a mínima responsabilidade: está a fazer aquilo que lhe mandaram, a troco de um salário precário e miserável. Daqui é da PT, fala F... e queríamos saber se o seu telefone é da PT. Não contive a gargalhada espontânea e longa e deixei escapar o comentário: “não posso crer”.

Porque não cabe em nenhuma cabeça de cebola – com desculpas à cebola! – que a PT, pagando provavelmente o salário mínimo aos operadores do muito transmontano “call center”, e uns milhões ao mestre da filarmónica, telefone seja para onde for a perguntar quem são os seus clientes. A não ser que façam de cada um deles um perfeito débil mental. O que também nos dias que correm não admira literalmente nada...


E assim sendo, não respondi. Embora esclarecendo o operador que a atitude só tinha a ver com a PT e os seus procedimentos...

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