20 de julho de 2013

O compromisso não sei de quê

O país não perdeu nada com o fracasso das negociações que Cavaco impôs a três dos partidos políticos. Uma maioria parlamentar corresponde a uma ditadura de quatro anos e, quanto maior for a maioria, maior será essa ditadura. Portanto de um possível acordo nada de bom se poderia esperar, na ótica do povo que, verdadeiramente, representa a maioria da população.

Mas o fracasso trouxe-nos alguma coisa de positivo. Enquanto decorreram as negociações ninguém soube de nada, os “portugueses” foram ignorados e os assuntos discutidos mantidos em segredo. Quer dizer, tudo foi feito por causa e para bem deles, sendo certo que eles foram os únicos a não saber e a não ser informados de nada. Uma tentativa de salvação à revelia...


Publicitado o fracasso, sucedem-se as declarações. Casa um dos participantes tem a sua verdade. Que apenas serve aos próprios porque, na verdade, se trata apenas de mentiras, como sempre. Amanhã virá Cavaco com a sua ladainha vespertina, cujo conteúdo se adivinha. A ética, a moral e a vergonha perderam-se por inteiro. O país está refém do oportunismo, da mentira, do roubo e dos agiotas, estes dando pela designação de mercados.

É preciso adquirir consciência coletiva da situação e repensar todo o regime. A crise é um conceito abstrato que facilmente cobre aquilo que não importa revelar. O cidadão é espoliado, remetido à pobreza explícita ou envergonhada, explorado mais do que nunca. Como consequência do salve-se quem puder a que eufemisticamente chamam “neoliberalismo”, para de facto camuflar os erros dos sucessivos governos e salvar a ganância e a insanidade da banca.

O país não se resolve com a reforma que lhe querem impor, de fora para dentro, por determinação de quem o não conhece e de quem nada sabe de coisa nenhuma. O país, que somos nós, exige urgentemente a reforma do regime. E não serão os que nos encurralaram no beco que, por artes mágicas, agora nos vão tirar dele. É preciso que o saibamos e que nos ergamos!



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