Ao por do sol as gaivotas voam para norte
Ao por do sol as gaivotas
erguem-se num voo alto e quase solitário, rumam para norte e atravessam o
horizonte a caminho do refúgio. É a hora mágica a que as chamas do incêndio
explodem no crepúsculo fresco dos teus lábios. Quando a noite vai caindo
devagar, por entre as cores douradas do outono e me traz o sonho azul por que
espero na brevidade do teu colo. Para acolher todas as estrelas que enchem o firmamento
e aí cintilam ao ritmo a que me bate o coração, protegendo-me o sono e a
chegada da manhã seguinte. Se eu soubesse, escrevia o teu nome no segredo
tranquilo dos teus olhos. E enchia todas as paredes da semana com a pele macia
do teu rosto, como se fossem pinturas urbanas penduradas nos alçados dos
arranha-céus. Mas, apesar disso, faltam-me a habilidade e as cores para
desenhar um coração pequenino no mais secreto cantinho dos teus seios. Onde eu
possa morar contigo!
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